Agronomia brasileira conclui trabalhos do XXIX CBA e do II ENA
10 de agosto de 2015, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Na última sexta-feira (7) o XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia, organizado pela Confaeab, e o II Encontro Nacional da Agronomia chegaram ao fim. Ambos tiveram início no dia 4 em Foz do Iguaçu (PR). Debruçados sob a temática “Desafios e Oportunidades Profissionais”, engenheiros agrônomos de todo o país discutiram questões relativas às atribuições profissionais, principais áreas de atuação, ações de fortalecimento e de defesa da categoria e, ainda, assuntos técnicos. Os trabalhos do CBA e do ENA contaram com a participação dos diretores executivos da Mútua, Cláudio Calheiros, Ricardo Veiga e Luiz Alberto, além dos diretores regionais da Mútua do PR e de outros estados.
Carta de Foz do Iguaçu encerra II ENA
Aprovada na plenária final do II ENA (Encontro Nacional de Agronomia), a Carta de Foz do Iguaçu – cidade que hospedou o encontro promovido pelo Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), de 4 a 7 de agosto. “O documento trata de questões no âmbito do Sistema Confea/Crea, entre elas, o aprimoramento da fiscalização, a qualidade do ensino na formação do agrônomo e o posicionamento contrário ao Projeto de Lei 1016, de 2015, que trata da restrição de atividades de zootecnia para engenheiros agrônomos e médicos veterinários”, relatou Kleber Santos, coordenador nacional das câmaras especializadas da modalidade.
Público participante da aprovação da Carta de Foz do Iguaçu
Após a aprovação da carta, a vice-presidente do Confea, eng. eletric. Ana Constantina Sarmento, assumiu o compromisso de levar o documento para os devidos encaminhamentos no Conselho Federal. “O Confea acolhe a Carta de Foz do Iguaçu”. A vice-presidente pontuou ainda as relevâncias das contribuições dos profissionais da agronomia que foram apresentadas ao longo dos debates. “Muitas sugestões estão alinhadas ao que já vem sendo desenvolvido pelo Confea, como atuação parlamentar mais intensa e a criação de grupos de trabalho dedicados a temas que demandam discussões exclusivas e ações concretas”, finalizou.
Atribuições profissionais conflitantes em pauta
Um novo projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados visa alterar a lei número 5.550, de 1968, que define as atribuições dos zootecnistas. Trata-se do Projeto de Lei 1016/2015 proposto em março deste ano pela deputada Júlia Marinho (PSC-PA), que tem como objetivo restringir as atribuições de engenheiros agrônomos e médicos veterinários na área de produção animal, deixando-os exclusivamente aos zootecnistas. O assunto foi alvo de debate no encerramento do II Encontro Nacional de Agronomia.
O tema foi abordado pelo deputado federal e engenheiro agrônomo Valdir Colatto (PMDB/SC), que disse estar acompanhando a tramitação do PL desde o início e buscando uma solução que não tire as prerrogativas dos agrônomos e médicos veterinários, mas que também respeite as atribuições dos zootecnistas. “Queremos que as três profissões continuem suas atividades sem que haja prejuízo para nenhuma das partes”, pontuou.
Engenheiros agrônomos participam de debate sobre o PL 1016/2015
Aos mais de 300 participantes da conferência, o deputado sugeriu que o assunto seja conduzido em um amplo debate entre as três categorias. “Solicitamos que os profissionais da agronomia, veterinária e zootecnia se reúnam e nos tragam uma proposta. O legislador somente vai fazer o que é justo para todos. Queremos que haja um consenso”, afirmou. Uma cópia da Carta de Foz do Iguaçu, com as contribuições da classe agronômica, foi entregue ao deputado.
Atualmente, o PL 1016/2015 aguarda parecer do relator na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da qual o deputado Colatto faz parte.
Os engenheiros agrônomos participantes do XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA) também aprovaram na sexta-feira (7) sua Carta de contribuições para o setor.