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Acesso em 10/06/2025 às 03h44.

Com debate sobre ensino à distância, encerrou-se na última sexta-feira o XIV Conemi

1 de outubro de 2014, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Coordenador geral do evento, Eder Ramos deu iníciu à solenidade de encerramento do XIV Conemi

 

O painel “Ensino à Distância – solução ou problema?” encerrou os trabalhos do XIV Congresso Nacional de Engenharia Mecânia e Industrial (Conemi), na noite da última sexta-feira. Promovido pela Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), com apoio do Confea, Crea-BA e Mútua-BA, entre outras entidades, o evento reuniu cerca de 200 participantes, com 70% do público composto por estudantes, e tratou de temas como exame de proficiência para a engenharia. Palestras técnicas e minicursos também compuseram a programação do Congresso.

 

Presidente da Fenemi, Jorge Nei Brito manifestou sua satisfação com o XIV Conemi, realizado em Salvador

Primeiro palestrante da noite, o engenheiro eletricista, professor da Universidade de Salvador (Unifacs) e integrante da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do Crea-BA Rafael Bezerra de Araújo abordou as novas tendências para o ensino. “Nós professores temos dificuldade de atrair novos talentos e motivar esses talentos a continuarem estudando. A tecnologia existe e permeia o ambiente educacional, mas ela não é bem aproveitada. Ainda ficamos no contexto de o professor falar, aluno escutar e continuamos repetindo modelos do séc. XIX, XVIII, aquele modelo educacional prussiano, de massificação da educação”, iniciou. 

 

Rafael Bezerra de Araújo defende tecnologia a favor da educação

 

O professor apresentou o ponto de vista de que se fica muito tempo em sala de aula quando se deveria incentivar mais o aluno a pesquisar. De acordo com ele, os alunos sabem usar as redes sociais para ver a vida dos outros, mas não sabem utilizar essa tecnologia para o aprendizado colaborativo. “Você não tem que pensar fora da caixa. A caixa não tem que existir”, disse, mencionando teóricos da área, defendendo métodos educativos híbridos – que utilizem tecnologias que permitam a distância, mas que também possibilitem experiências e aulas de laboratório realizadas em parcerias com fábricas e indústrias, promovendo, assim, capilaridade na educação. “A gente não sabe onde o próximo Einstein está. Pode estar em Cabrobó (PE), em Paulo Afonso (BA), etc.”

Também engenheiro eletricista, o analista técnico do Crea-BA Geraldo Ferreira apresentou como se dá o registro de cursos de ensino à distância e de profissionais que os cursaram. “O estudante se gradua na Academia e, uma vez cumprida a carga horária mínima, ele pega seu diploma e, para exercer sua profissão, ele precisa ter sua habilitação. Para isso, os cursos e as instituições de ensino são cadastrados junto aos Creas. Jamais vai haver um curso com menos de 3,6 mil horas ou com menos do que cinco anos de duração cadastrado no Crea, por causa da legislação que devemos deve observar. A análise para o cadastramento dos cursos não é técnica, é apenas de legalidade”, explicou.

 

Geraldo Ferreira trouxe a visão do Sistema Confea/Crea para os debates

Na oportunidade, Geraldo Ferreira mencionou a audiência pública promovida pelo Confea que coletou 176 manifestações de profissionais das áreas tecnológicas sobre o ensino à distância. Essas participações balizarão a Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) do Confea a promover estudo sobre o assunto, que será tema do seminário a ser realizado pelo Confea e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em dezembro.

 

Primeira diretoria da Abmec-BA: presidente Eduardo Rocha Bastos, diretor administrativo Braga, diretores de eventos Rafael e Diógenes e diretor financeiro Pedro Rios.

 

Fortalecimento das entidades
Durante a solenidade de encerramento, após o painel “Ensino à Distância – solução ou problema?”, a seccional da Bahia da Associação Brasileira de Engenharia Mecânica (Abmec-BA) apresentou sua primeira diretoria. A seccional bahiana foi criada em 17 de setembro último, antecedendo a realização do XIV Conemi. “Como indivíduos temos uma força. Mas quando nos unimos, nossa força se duplica, triplica, etc. A nossa função é justamente unir a categoria, tanto os profissionais quanto os estudantes, que estão integrando o mercado de trabalho. Uma das nossas funções será identificar esses profissionais, valorizar a profissão e fomentar cursos, palestras e congressos”, explicou o primeiro presidente da seccional, Eduardo Rocha Bastos.

Beatriz Leal
Equipe de Comunicação do Confea