Com debate sobre ensino à distância, encerrou-se na última sexta-feira o XIV Conemi
1 de outubro de 2014, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O painel “Ensino à Distância – solução ou problema?” encerrou os trabalhos do XIV Congresso Nacional de Engenharia Mecânia e Industrial (Conemi), na noite da última sexta-feira. Promovido pela Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), com apoio do Confea, Crea-BA e Mútua-BA, entre outras entidades, o evento reuniu cerca de 200 participantes, com 70% do público composto por estudantes, e tratou de temas como exame de proficiência para a engenharia. Palestras técnicas e minicursos também compuseram a programação do Congresso.
Primeiro palestrante da noite, o engenheiro eletricista, professor da Universidade de Salvador (Unifacs) e integrante da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do Crea-BA Rafael Bezerra de Araújo abordou as novas tendências para o ensino. “Nós professores temos dificuldade de atrair novos talentos e motivar esses talentos a continuarem estudando. A tecnologia existe e permeia o ambiente educacional, mas ela não é bem aproveitada. Ainda ficamos no contexto de o professor falar, aluno escutar e continuamos repetindo modelos do séc. XIX, XVIII, aquele modelo educacional prussiano, de massificação da educação”, iniciou.
Também engenheiro eletricista, o analista técnico do Crea-BA Geraldo Ferreira apresentou como se dá o registro de cursos de ensino à distância e de profissionais que os cursaram. “O estudante se gradua na Academia e, uma vez cumprida a carga horária mínima, ele pega seu diploma e, para exercer sua profissão, ele precisa ter sua habilitação. Para isso, os cursos e as instituições de ensino são cadastrados junto aos Creas. Jamais vai haver um curso com menos de 3,6 mil horas ou com menos do que cinco anos de duração cadastrado no Crea, por causa da legislação que devemos deve observar. A análise para o cadastramento dos cursos não é técnica, é apenas de legalidade”, explicou.
Na oportunidade, Geraldo Ferreira mencionou a audiência pública promovida pelo Confea que coletou 176 manifestações de profissionais das áreas tecnológicas sobre o ensino à distância. Essas participações balizarão a Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) do Confea a promover estudo sobre o assunto, que será tema do seminário a ser realizado pelo Confea e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em dezembro.
Fortalecimento das entidades
Durante a solenidade de encerramento, após o painel “Ensino à Distância – solução ou problema?”, a seccional da Bahia da Associação Brasileira de Engenharia Mecânica (Abmec-BA) apresentou sua primeira diretoria. A seccional bahiana foi criada em 17 de setembro último, antecedendo a realização do XIV Conemi. “Como indivíduos temos uma força. Mas quando nos unimos, nossa força se duplica, triplica, etc. A nossa função é justamente unir a categoria, tanto os profissionais quanto os estudantes, que estão integrando o mercado de trabalho. Uma das nossas funções será identificar esses profissionais, valorizar a profissão e fomentar cursos, palestras e congressos”, explicou o primeiro presidente da seccional, Eduardo Rocha Bastos.
Beatriz Leal
Equipe de Comunicação do Confea