Congresso Projetos Sustentáveis abre oficialmente com grandes palestras
27 de agosto de 2013, às 9h50 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Aconteceu na manhã desta segunda-feira, 26, no auditório da Uniron do Porto Velho Shopping, a abertura oficial do Congresso Projetos Sustentáveis. O evento é uma iniciativa do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Rondônia (Crea-RO) que neste ano de 2013 completa 30 anos. Para comemorar o aniversário, o Crea traz para Porto Velho estudiosos altamente gabaritados que irão ministrar palestras durante os cinco dias de evento, sempre abordando assuntos voltados para a sustentabilidade.
No primeiro dia do Congresso, o engenheiro Sérgio Cirelli Ângulo iniciou as palestras com o tema, Construção Sustentável. Durante sua explanação, Ângulo destacou a geração de resíduos advindos da construção civil apontando o uso do cimento como um fator preocupante nas questões ambientais e as formas de redução no impacto ambiental como perspectiva de soluções. “O que preocupa bastante é o altíssimo consumo de materiais que a indústria emprega na construção civil e isso tem consequências sérias. Um terço dos recursos são materiais a base de cimento e a indústria cimentícia com certeza é uma das maiores indústrias que afetam as condições climáticas. Me refiro a emissão de gás carbônico, que também ocorre quando utilizamos madeira, que também emite o gás durante o desmatamento. Em números, podemos afirmar que são consumidas três toneladas de materiais cimentícios por habitante/ano e geramos meia tonelada de resíduos por habitante/ano. Cabe a nós traçar e estudar estratégias de redução de impacto como por exemplo, opções de substituição de materiais na construção civil e o uso responsável do concreto”, concluiu o palestrante.
No período da tarde, o renomado engenheiro eletrotécnico, Francisco Américo Hauser deu continuidade ao congresso e durante sua palestra abordou o tema, PDI – Projeto de Desenvolvimento Integrado Governamental e Empresarial do Estado de Rondônia. O engenheiro explicou que a Amazônia Ocidental Brasileira exerce um fascínio no mundo inteiro e conta que em sua primeira vez que veio à Rondônia ele viu o estado com outros olhos.
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“Eu conheço Rondônia desde o primeiro mandato do então governador, Valdir Raupp, foi quando vim pela primeira vez. Nessa altura eu já tinha uma experiência comprovada na área da Amazônia Legal e foi quando eu comecei a olhar Rondônia de uma forma técnica e não política e a partir dessa análise técnica do estado a minha equipe conseguiu levantar enormes potenciais desenvolvimentistas, não extrativistas. Ou seja, encontramos um potencial fantástico mineral, gasoso, florestal e com a possibilidade de exploração sem destruição de florestas. E mais, se esse potencial, fosse legalmente, tecnicamente, economicamente, comercialmente e corretamente explorado, geraria uma quantidade enorme de empregos formais para o Estado. Pensando nisso, no decorrer destes anos eu voltei várias vezes a Rondônia por iniciativa própria, por contratação de empresas, pelo governo do Estado, enfim, e começamos a desenvolver detalhes desta sistemática e esses detalhes deram origem ao Programa de Desenvolvimento Integrado Governamental e Empresarial do Estado de Rondônia (PDI), que é um programa absolutamente apolítico cujo objetivo é dar um crescimento sustentável ao índice de desenvolvimento humano e aumentar significantemente o PIB do Estado, tanto da capital Porto Velho, como o PIB propriamente dito. É esta a base de concepção do PDI e é sobre isso que vamos conversar hoje aqui”, pontuou o palestrante dono de um currículo de mais 60 páginas.Francisco Américo Hauser, também irá palestrar no segundo dia do Congresso Projeto Sustentáveis onde mais uma vez irá abordar o estado com o tema, Projeto Rondônia Agroflrestal.