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Acesso em 10/06/2025 às 18h52.

Confea e Creas entregam moção de protesto à Codevasf

26 de setembro de 2012, às 15h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

 

O presidente do Confea, eng. civil José Tadeu, e presidentes de Creas estiveram reunidos nesta terça-feira (25) com o, Elmo Vaz Bastos de Matos, para entregar a moção de protesto do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua. 

   No documento, os presidentes pedem esclarecimentos sobre a contratação de engenheiros americanos para prestarem serviços de consultoria em estudos hidráulicos e topográficos nas Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco.  Os presidentes dos Creas manifestaram preocupação pelo fato de os profissionais não estarem registrados nos Conselhos Regionais onde ocorrem as obras. “Além disso, estamos preocupados em relação à soberania do Brasil, já que o exército de outro país está atuando em obras tão importantes”, disse o presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti.

  Elmo Matos esclareceu que em dezembro de 2011 foi assinado entre a Codevasf e o Corpo de Engenheiros do Exército Americano (USACE) um contrato de cooperação técnica para consultoria visando ao desenvolvimento da hidrovia do São Francisco mediante o controle de processos erosivos, melhoria de navegabilidade e contenção de margens.

  “O contrato tem vigência de três anos, envolvendo investimento de US$ 3,84 milhões. O USACE tem experiência de quase 200 anos na melhoria da navegabilidade por meio de remoção de obstruções, dragagem, obras de estabilização de margens e bancos de sedimentos, além de treinamentos”, esclareceu o presidente da Codevasf. O gerente de concessões e projetos especiais da Codevasf, Roberto Strazer, explicou que 97% do corpo técnico da USACE é composto por civis. “Em relação ao trabalho dos americanos, é preciso que fique claro que eles não estão atuando com o mapeamento do rio, o que seria uma tarefa estratégica, ou seja, a participação deles não compromete a nossa soberania”, esclareceu o gerente.

Parceria Brasil x EUA

   Ao final do evento, o presidente José Tadeu propôs a criação de um termo de cooperação específico para atender a essa demanda.  “Pelos trâmites normais levaria muito tempo para regularizar a atuação desses profissionais aqui no Brasil. Então nós podemos conceder um registro temporário específico para este empreendimento e com prazo determinado”, disse Tadeu.

   Quanto à atuação de profissionais estrangeiros, José Tadeu lembrou ainda que é preciso priorizar três itens: “a legalidade, a reciprocidade entre países e a possibilidade de intercâmbio de “expertise””, ressaltou. Para atender a esses requisitos, foi sugerida a criação de uma missão do Sistema para conhecer o trabalho desenvolvido pelos engenheiros americanos que atuam em Mobile, no estado do Alabama. “Assim prestaremos conta não só para os profissionais do Sistema, mas para a sociedade em geral”, acredita o presidente do Confea.

   Durante a reunião, o gerente de concessões e projetos especiais da Codevasf, Roberto Strazer, explicou que ao contratar os profissionais americanos não houve a intenção de se passar por cima das diretrizes do Sistema. “Aqui na Codevasf valoriza-se o engenheiro, tanto que nossas decisões são todas embasadas nas Resoluções do Confea”, explicou Strazer.

   Estiveram presentes na reunião os presidentes do Crea – PE, José Mário Cavalcanti; Crea – AL, Roosevelt Cota ; Crea-BA, Marco Antônio Amigo; Crea – AM, Telamon Neto; Crea – RS, Luiz Alcides Capoani; Crea-MT,  Juares Samaniego; e o vice-presidente do Crea-MG, Aurélio Lara.