Pocket Bijú: Pequenas latas, grandes transformações
Inovação, sustentabilidade e empoderamento feminino se encontram em projeto pioneiro que nasceu em Rondônia17 de setembro de 2025, às 14h12 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Imagine uma loja que cabe dentro de uma lata. Agora, imagine que essa pequena estrutura é capaz de transformar vidas, gerar renda, reutilizar resíduos e ainda inspirar outras mulheres a empreender com propósito. Parece coisa de ficção científica? Pois essa é a realidade da Pocket Bijú, projeto idealizado pela engenheira de produção Vera Almeida, de Rondônia.
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Vera uniu duas grandes preocupações que observou em sua cidade. A dificuldade financeira de mulheres chefes de família, e o descarte inadequado de resíduos na década passada.
Foi dessa união de “dores” que nasceu uma ideia inovadora, como ela conta. A criação da primeira empresa do mundo a funcionar dentro de uma lata de tinta. Compacta, acessível e sustentável, a Pocket Bijú é um modelo de negócio com alma social e coração ambiental.
A loja é montada dentro de uma estrutura reaproveitada, com produtos que variam entre R$ 2,00 e R$ 20,00, todos feitos a partir de materiais reutilizados. É uma vitrine de criatividade e consciência ecológica, mas, mais do que isso, é uma fonte de renda digna para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Cada unidade da Pocket Bijú pode gerar cerca de R$ 5.000 reais mensais para uma mulher, com uma carga de trabalho de apenas seis horas por dia. E o mais interessante. o projeto é escalável e pode ser implantado em qualquer parte do Brasil.
Na parte de trás da lojinha, empresas parceiras que desejam atuar com responsabilidade social e ambiental contribuem com um “valor simbólico” – uma espécie de apoio financeiro que viabiliza a construção de novas unidades e garante que mais mulheres sejam beneficiadas.
Engenharia social e inovação na prática
Durante a apresentação do projeto, Vera Almeida foi recebida pelo presidente do Crea-RO, Eng. Edison Rigoli. Entre elogios e incentivos, ficou evidente que a Pocket Bijú vai além de um simples empreendimento: trata-se de um verdadeiro movimento de transformação social.
O presidente do Crea-RO destacou a importância da iniciativa. “Estamos falando de uma verdadeira equação social, que envolve sustentabilidade, engenharia reversa e inclusão. São temas que se conectam de forma inteligente e nos fazem enxergar um futuro melhor. A Pocket Bijú é um exemplo claro de como a engenharia pode transformar vidas. A loja brilha, encanta e abre caminhos. O Crea-RO parabeniza a iniciativa e reafirma seu apoio a projetos que promovem impacto positivo na sociedade”, afirmou Rigoli.
Pocket Bijú é mais que uma loja. É uma ideia que cabe no coração e se espalha pelo mundo.
Se você é empresa, apoiador ou simplesmente alguém que acredita no poder da transformação social, fique atento: essa pequena lata ainda vai fazer muito barulho.