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Acesso em 08/06/2025 às 12h09.

A juventude em nome da sustentabilidade

13 de junho de 2012, às 17h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

O potencial do desenvolvimento sustentável sob a perspectiva da juventude foi o tema do painel que movimentou a manhã de hoje, no auditório Tom Jobim, do Jardim Botânico, no ciclo de debates Brasil sustentável – o caminho para todos, dentro da programação da Rio + 20. Um bilhão e oitocentos milhões de jovens estiveram representados pelos debatedores: João Scarpelini (consultor da ONU), Paula Grassi (Articulação Pastoral da Juventude/RS), Tiago Alexandre Morais (Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade) e Severine Macedo (secretária Nacional de Juventude).

   Como pretende fazer em todo o ciclo de dabates, o engenheiro agrônomo Ibá dos Santos participou dos das discussões como ouvinte e interlocutor. Hoje de manhã, descreve ele,  foram debatidas várias inquietações por parte da juventude,  em relação a empregos futuros, qualidade do emprego, a questão da economia verde, questionando a respeito dos empregos verdes, que não poderiam ser considerados 'empregos verdes', como o corte de cana, em que o próprio emprego é degradante. “Um dos jovens, João Felipe Scarpelini, contou que seu grupo, Made Group, está organizado desde 92, a partir da Eco-92. Nesse período, eles elaboraram um documento com jovens do mundo inteiro, através de pelo menos uma geração, que eles vão levar para as chefias de estado da Rio+20”, descreve.

   Ibá é um obstinado representante do Sistema Confea/Crea na Rio+20. “Estou interessado em tudo, mas não quero meter o bedelho no que não entendo. Acho que é importante o Confea ter uma noção de que não podemos perder o bonde da história: a sustentabilidade é um processo, que já vem caminhando, pelo menos desde 1992, e continuará cada vez mais forte. Em nossa profissão de engenheiros, responsáveis por qualificar,  quantificar, propor inovações, desenvolver tecnologias, temos que estar atentos à questão das propostas que estão sendo encaminhadas, tanto do povo brasileiro, como também do governo brasileiro e até dos compromissos assumidos pelo Brasil com as demais chefias de Estado”.

   A percepção de Ibá é de que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável caminha bem, mesmo em meio a um certo imbróglio dos que defendem uma maior ênfase entre os debates ambientais e dos que percebem a importância de integrá-lo ao debate social. “Não dá para tirar as coisas ambientais, nem também deixar de discutir as questões sociais que estão entrando pelos olhos de todos nós. Os desastres naturais estão havendo, assim como as afetações que existem do homem com a natureza e vice-versa. E o lado social é afetado por tudo isso”, considera.

   Ibá acrescenta que o mundo está muito atento em relação ao Brasil, “da mesma forma que o Brasil está muito atento à preservação do seu patrimônio ambiental. Agora, uma observação é importante: se a natureza é um patrimônio, o desenvolvimento de tecnologias a partir deste patrimônio passa a ser um patrimônio também. E por trás deste patrimônio sempre está um engenheiro, ambiental, agrônomo, militares etc”. Nos debates que acontecem até o dia 14, no Jardim Botânico, estará pelo menos um engenheiro sensível à visão de que jovens e adultos podem conciliar suas atenções com as políticas de responsabilidade socioambiental.