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Acesso em 07/06/2025 às 20h29.

CBF e Sistema Confea/Crea se reúnem pela primeira vez no ano

23 de abril de 2012, às 11h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

   Na última sexta-feira, durante todo o dia, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, além de presidentes de alguns Creas de capitais que receberão os jogos da Copa 2014 estiveram reunidos, pela primeira vez em 2012, com representantes da Confederação Brasileira de Futebol – CBF. O objetivo do encontro foi, entre outros assuntos, discutir os Laudos de Vistoria de Engenharia em Estádios de Futebol.

   O diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, falou um pouco sobre o trabalho do grupo, que teve início com projeto do Crea-SP, quando da gestão de José Tadeu à frente do Regional, visando garantir a segurança dos estádios paulistas e hoje se ampliou para outros Creas.

   Segundo Virgílio, antigamente apenas três laudos eram exigidos: higiene, combate à incêndio e segurança. Atualmente, com o decreto do então presidente Lula, em 2009, os laudos de Engenharia também passaram a ser exigidos.

   Segundo o presidente do Confea, José Tadeu, é atribuição do Sistema Confea/Crea atender às demandas da sociedade, garantindo sua segurança. Nesse caso, especificamente, ele comenta que os engenheiros são os responsáveis pela operacionalização da legislação.

   Nesse sentido, ele compara o trabalho do engenheiro ao de um médico. “Um prédio é como se fosse uma pessoa: se ele está doente, precisa de alguém com conhecimento, habilitado, alguém para curá-lo, senão, morre”. Tadeu ainda destacou: “Com o trabalho desse grupo, já conseguimos êxito com a edição do decreto. Este, aliado à Lei 5.194 é um alicerce para garantir à sociedade saúde, segurança e acessibilidade nos empreendimentos”.

   Nesse contexto, também, fez questão de frisar a necessidade de normativos que ampliem a necessidade de vistoria e manutenção das edificações. Entre outros trabalhos que o Sistema Confea/Crea tem acompanhado, destacou o PL 491, do ex-senador Marcelo Crivella, que busca aprovar uma lei nacional que garanta o laudo de inspeção técnica de edificação. Já durante a tarde, o grupo, também composto por Luiz Fernando Paiva Vella – gerente de patrimônio do Santos Futebol Clube, e Flávia Zoéga Pujadas – diretora técnica do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias em Engenharia), falou sobre o uso de estrutura tubular nos estádios de futebol. O recurso atualmente não é autorizado pela CBF, mas com a aproximação do Mundial, passa a ser cogitado. De acordo com o grupo, seria interessante que o debate fosse levado às Coordenadorias de Câmaras Especializadas do Sistema.

   Os indicadores da Organização Mundial de Saúde – OMS para os estádios da Copa também foi assunto na mesa.  Segundo Virgilio Neto, a OMS estabelece parâmetros de acordo com o número de espectadores esperados no evento. “Por exemplo, se são 60 mil pessoas, deve haver sanitários suficientes para atender a todos”.  Vella e o ouvidor das sérias B e C da CBF, Antônio Alvares Miranda Filho, ficaram incumbidos de fazer um levantamento de dados sobre  a Organização, e os parâmetros que são usados por ela.

   Por fim, falaram sobre o legado da Copa para as demais cidades do Brasil. “Fala-se muito do legado que ficará para as 12 cidades-sede da Copa, mas  é possível levantar expectativas de legado voltado para a população de pequenos municípios e demais cidades do país. Eu chamo de 'Legado Paralelo'”, afirmou Virgílio. Segundo ele, a Copa pode ser usada como incentivadora para a melhoria de vários aspectos nos estádios espalhados pelo Brasil, “como, por exemplo, a questão da acessibilidade para deficientes em estádios”.