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Acesso em 02/08/2025 às 12h37.

Dia do Engenheiro Agrônomo é comemorado neste 12 de outubro

12 de outubro de 2012, às 8h00 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

   Até 2050, estima-se que a população mundial chegue a 9,7 bilhões de pessoas, segundo dados das Nações Unidas. Somente no Brasil serão 227,3 milhões de habitantes nesse mesmo ano. Considerando esse crescimento populacional, pesquisas e tecnologias têm sido aplicadas no aperfeiçoamento da produção de alimentos para atender tanto o mercado brasileiro quanto a demanda externa, respeitando os princípios de preservação ambiental e da saúde humana.

   Nesse contexto de desenvolvimento, o profissional da Engenharia Agronômica – que é lembrado neste 12 de outubro por causa da regulamentação da profissão em 12/10/1933 – desponta pelo conhecimento vasto que abrange as áreas de solos, fitotecnia, engenharia rural e meio ambiente. Cabem a esse profissional, como define o artigo 5º da Resolução 218/1973, trabalhos ligados à defesa sanitária, beneficiamento e conservação de produtos animais e vegetais, irrigação e drenagem para fins agrícolas, recursos naturais, mecanização na agricultura, entre outras atividades que contribuem para a economia nacional, fortemente baseada na produção agrícola. 

   De acordo com o conselheiro federal e vice-presidente do Confea, eng. agr. Dirson Artur Freitag, o papel desse profissional na questão alimentar é fundamental. “Considerando que em 2050 a população mundial será de mais de 9 bilhões, há que se pensar na otimização de aproveitamento de áreas agrícolas”, pontua Dirson ao enfatizar a importância de se maximizar a produção agrícola em espaços menores e com redução do uso de recursos naturais. “Precisamos, por exemplo, que a água seja usada com racionalidade”, alerta.

   Por isso, o profissional da Engenharia Agronômica ganha destaque nesse propósito de planejamento e pesquisa. É ele que possui o conhecimento técnico para administrar todas essas questões produtivas e ambientais, sempre baseado em análises e estudos. “Os engenheiros agrônomos são os profissionais que têm melhores condições para enfrentar as diversas situações exatamente por sua vasta e eclética formação. A partir desse conhecimento amplo que possuem, têm todas as ferramentas para implementar tecnologias respeitando o tripé do economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente responsável”, ressalta Dirson. 

Coordenador nacional da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO), eng. agr. Juarez Morbini Lopes
Coordenador nacional da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO), eng. agr. Juarez Morbini Lopes

 

 

 

 

 

   Também atento à contribuição do engenheiro agrônomo para a otimização da produção nacional de alimentos, o coordenador nacional da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO), eng. agr. Juarez Morbini Lopes, aponta o uso de técnicas de plantio mais racional, maquinário moderno e estudos genéticos como fatores diferenciais para o incremento do setor. “Desde 1990, houve um aumento de 120% da produção agrícola nacional, com apenas 50% de aumento da área ocupada”, comenta o engenheiro agrônomo que representou o Brasil no ciclo de palestras do World Congress of Agronomists & Agrologists, em Quebec, no Canadá, entre 17 e 21 de setembro passado. Com a temática “O papel do engenheiro agrônomo no desenvolvimento da agricultura brasileira”, Morbini falou à plateia internacional da importância desse profissional para a produção nacional, considerando questões ambientais e segurança alimentar.


Projeções nacionais

   De acordo com o estudo Brasil – Projeções do Agronegócio 2011/2012 a 2021/2022, publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção das cinco principais culturas de grãos no Brasil deve aumentar 21,1% até 2022, o que representa uma expansão dos atuais 153,3 milhões de toneladas colhidas de soja, milho, trigo, arroz e feijão para 185,6 milhões de toneladas. O estudo, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta que o crescimento produtivo se dará com o aumento de 9% da área plantada. Segundo o ministério, o Brasil é um dos poucos países que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade, e mantendo a salvo suas reservas naturais. O uso de pesquisa e tecnologia no campo são fatores importantes para esse desenvolvimento sustentável.

   O Sistema Confea/Crea e Mútua parabeniza todos os engenheiros agrônomos pela data.