Gestores avaliam em seminário ações dos programas de Extensão do IFRO
5 de dezembro de 2012, às 8h30 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Aos 47 anos, a ex-cozinheira Ana Maria Costa não imaginava que sua vida mudaria radicalmente para melhor. Ela agarrou a possibilidade de retornar aos bancos de uma sala de aula para se profissionalizar. A mudança veio a partir da implantação do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), que abriu os caminhos da profissionalização e elevação de escolaridade para pessoas como Ana, que por algum motivo não teve acesso a Educação. É neste contexto, que o Departamento de Extensão do IFRO atua. E para discutir melhorias, ampliar e integrar os profissionais deste setor, foi aberto na noite da última segunda-feira, 03, no Câmpus Ji-Paraná, o II Seminário de Extensão. A palestra de abertura do evento, que contou a presença do Reitor do IFRO, Raimundo Jimenez, da Pró-reitora de Extensão, Marilise Doege Esteves e do Diretor-Geral do Câmpus Ji-Paraná, Vonivaldo Leão, foi com o professor Dr. João Vicente Neto, do Instituto Federal de Mato Grosso e Coordenador do Fórum Nacional de Extensão. Com vasta experiência em Educação Profissional e Tecnológica-EPC, Neto falou aos cinquenta servidores que trabalham nos departamentos de extensão e de ensino dos Câmpus sobre a realidade nacional dos projetos de extensão na Rede Federal com a criação dos institutos e, consequentemente, a construção dos documentos regulatórios, na consolidação das dimensões de extensão.
Para Neto, o grande avanço das atividades em extensão trouxe alguns desafios que precisam ser enfrentados como a quebra de alguns paradigmas relacionados ao ensino e a pesquisa. “Precisamos associar ensino, pesquisa e extensão, porém esta última é o caminho que leva todo o ensino e a pesquisa feita por nós, a sociedade”, afirma.
Durante os três dias do encontro serão avaliados e discutidos ações e programas de extensão aplicados pelo IFRO à comunidade. Na programação, consta ainda oficinas no âmbito da educação inclusiva, acesso ao emprego, estágio e acompanhamento de egressos, Ciência Sem Fronteiras, sistema de Gestão do Programa Mulheres Mil, além de relatos de experiências de gestores sobre a evolução e resultados de atividades e gerenciamentos das atividades de extensão aplicadas pelo IFRO.
Dona Ana Maria entrou para o IFRO através do Programa de Extensão Mulheres Mil, que é coordenado em Rondônia pelo IFRO e visa garantir o acesso à educação profissional e à elevação da escolaridade, de acordo com as necessidades educacionais de cada comunidade e a vocação econômica das regiões. No projeto ela frequentou o curso de biojoias e hoje mantém a família com a renda obtida com a comercialização destes produtos. “Aqui eu me valorizei como mulher. Aprendi sobre informática, cidadania, matemática e outras coisas. É como se o mundo se abrisse para mim. Estou pronta para qualquer coisa. Hoje sou uma nova mulher”.
Atender a demanda vinda das comunidades menos assistidas de Rondônia é um dos pilares da política de extensão do Instituto Federal. As primeiras atividades do IFRO de fomentar ações nas comunidades começou em 2010 de forma muito tímida com a qualificação de 40 mães de família do Programa Mulheres Mil. Dois anos depois, este número subiu para 800 mulheres. Para o próximo ano, a previsão é atender mais de 4,5 mil pessoas em vários projetos. ”Temos que retornar para a sociedade aquilo que ela pede e entende que é necessário para a qualidade de vida das pessoas “, conclui Esteves.