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Acesso em 12/06/2025 às 05h48.

Governo discute integração com a Bolívia através da fronteira

18 de outubro de 2012, às 10h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

   O encontro dos representantes do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Rondônia (Senge-RO) e integrantes da Comissão do Consórcio Binacional para Integral e Desenvolvimento Sustentável (CBIDS) com o governador Confúcio Moura na tarde de ontem (16), no Departamento de Estradas de Rodagens e Transportes (DER), debateu questões de integração e acordos entre o Brasil e Bolívia direcionados a faixa de fronteira do Estado de Rondônia com o Beni. A construção do Hospital Internacional, com sede na cidade de Guayaramerim, a ponte bi-nacional, a construção das hidrelétricas de Ribeirão e Cachoeira Esperança e a reforma da pista e das instalações do aeroporto de Guajará-Mirim dominaram a pauta.

   O grupo – formado pelo presidente do Senge-RO, Jorge Luiz, o prefeito eleito de Nova Mamoré, Laerte Queiroz, o secretário de Planejamento de Guajará-Mirim, Sidney Dias da Silva, o representante da Bolívia, Alex Vargas – informou ao governador Confúcio Moura o desejo do presidente da Bolívia, Evo Morales, em investir cerca de US$ 18 milhões na construção de um hospital na fronteira. Em contrapartida espera que o governo do Brasil disponibilize a estrutura, com a aquisição de equipamentos para a instituição.

   Mas por se tratar de um assunto entre nações, Confúcio lembrou aos presentes da importância do assunto chegar à presidenta da República, Dilma Rousseff. “Cabe a ela essas decisões. De minha parte o apoio já está firmado, assim como a nossa bancada em Brasília”, garantiu o governador.

   A ponte internacional que ligará as cidades brasileiras de Guajará-Mirim e Guayaramerim na fronteira também foi destaque pela comissão ao chefe de Estado. A ponte faz parte de um acordo de compromisso do Brasil documentado em 1903 no Tratado de Petrópolis, no qual o país se comprometia entre outras coisas, a unir por meio de uma ponte ao Estado Plurinacional da Bolívia ao Brasil.

   Em agosto de 2008, durante encontro na cidade Riberalta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa com Evo Morales, mostrou a disposição do Brasil em realizar a obra e tirá-la o quanto antes do papel.  O mesmo comprometimento tem a presidente Dilma.

   De acordo com o Confúcio Moura, o projeto só não está em execução porque teve que ser refeito. É que a presidenta Dilma Rousseff não aprovou o valor orçado para a construção, que girava em torno de R$ 400 milhões. Mas, até o final deste semestre, outro documento deve ser divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) que logo seguirá para licitação.

   Na pauta dos dirigentes do CBIDS também esteve a Construção das Hidrelétricas de Ribeirão e Cachoeira Esperança, um vilarejo boliviano situado a 40 km da cidade de Guyarameriam, no Estado do Beni, divisa com Rondônia. Um dos benefícios com a construção das usinas “é o aproveitamento hídrico, com as eclusas que ligarão, por meio fluvial, a capital de Rondônia a cidade de Guajará-Mirim”, afirma os representantes.

   O presidente do Senge, Jorge Luiz, aproveitou mais uma vez o encontro com o governador para reforçar o objetivo do CBIDS, que busca a integração sociocultural, econômica e tecnológica entre os povos fronteiriços. “Queremos fortalecer, por meio das entidades do sistema o CBIDS, levando assim a melhoria de qualidade de vida para essas populações”, informa.