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Acesso em 07/06/2025 às 00h25.

Mobilidade Urbana e Arborização são temas do 5º dia da Jornada Integrada na capital

31 de julho de 2013, às 10h30 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos

   A I Jornada para o Planejamento Integrado de Porto Velho adentra seu quinto dia. O tema dos debates, que reúnem principalmente técnicos das secretárias municipais de Transporte e Trânsito (Semtran) e de Meio Ambiente (Sema), mas também de outros segmentos da Administração Municipal, são os planos de Mobilidade Urbana e de Arborização. “Nossa cidade está muito desorganizada e precisa  tornar-se mais aprazível aos munícipes. Se a gente arruma as vias, mas mantém os pés de fícus, que entopem nossas redes de água e nossas tubulações da rede urbana, estaremos realizando obras que precisarão ser refeitas depois. O ideal é que tenhamos projetos que facilitem a mobilidade, mas que sejam realizados em conjunto com uma arborização por meio da qual as vias fiquem mais bonitas, sem acarretar problemas estruturais. Nossos projetos devem seguir juntos para que o embelezamento e a solução prática do trânsito caminhem harmonicamente”, enfatizou Carlos Gutemberg, secretário da Semtran.
 
    De acordo com Gutemberg, o  Plano de Mobilidade poderia acontecer de maneira independente ao de arborização, no entanto, o entrosamento promovido pela I Jornada possibilita que eles se entrecruzem, de forma que os dois projetos se concretizem concomitantemente, fazendo com que a visão técnica e estética sejam aprimoradas.
 
  Segundo Edjales Benício, secretário da Sema, a iniciativa da jornada é positiva para unificar o discurso daqueles que estão diretamente implicados com a organização municipal. “A integração de todos os setores da Administração Municipal é importante para que os interesses não entrem em choque e não existam propostas voltadas para o beneficio de um setor em detrimento de outro.  Também é fundamental a troca de experiências que está sendo promovida aqui.  Na soma dos entendimentos, todos podemos refletir melhor sobre os trabalhos de cada parte, de forma que a visão de governo vai sendo construída de maneira unificada e mais produtiva”, explicou o secretário.planomobilidade s 01
 
  Os planos de mobilidade urbana e de arborização mantêm contatos de muitas formas. Questões ligadas às calçadas, ao microclima da cidade, à redução da poluição sonora, entre outros pontos, são também importantes quando se pensa em mobilidade urbana de uma forma mais ampla do que apenas a agilidade do tráfego. “ A poluição sonora nas cidades têm nos carros seu maior agente. Segundo comprovações científicas, uma cidade arborizada consegue reduzir mais os ruídos urbanos. Sem falar também do aspecto estético, do paisagismo que pode dar maior qualidade aos projetos de mobilidade, enfim, a ação integrada das pastas é que pode trazer um melhor tratamento às cidades. Esperamos que isso não fique apenas nessa I Jornada, mas que se torne uma atividade processual nesta Gestão. Parabenizo principalmente o secretário municipal de Planejamento, Jorge Elarrat, pela iniciativa, e espero que essa atividade se torne constante”, afirmou o secretário da Sema.
 
Calçadas
 
  Segundo Gutemberg, de acordo com a legislação brasileira, as calçadas são divididas em três partes, uma área para serviço, uma área para deslocamento e uma área para equipamentos públicos. Dessa forma, os projetos de arborização podem ser pensados em relação a essas divisões, figurando entre a  parte de equipamentos. O secretário também salientou que a realidade da economia brasileira tem valorizado muito os investimentos em montadoras de veículos, cuja arrecadação representam 10 por cento do Produto Interno Bruto brasileiro. O governo tem facilitado que as classes C e D da população tenham acesso a veículos. “E eles devem mesmo ter esse direito. No entanto, Isso acaba gerando o entupimento de nossas vias públicas. As cidades brasileiras, e isso não é privilégio de Rondônia, não têm transportes coletivos de qualidade e nem políticas de estacionamento que evitem os entupimentos nas vias dos centros das cidades. Pensamos que um projeto de mobilidade que privilegie o transporte coletivo pode permitir que os carros particulares sejam mais utilizados para passeios, para o laser das  pessoas. Agora, pensemos num projeto que permita isso e que, ao mesmo tempo, promova também o paisagismo e a recuperação estética de nossas cidades. Isso é o que queremos realizar em Porto Velho”, afirmou o secretário da Semtran.
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  Ainda de acordo com Gutemberg, o plano de mobilidade urbana está pronto e foi apresentado e aprovado pelo Ministério das Cidades. “Estamos discutindo aqui o desenrolar das primeiras etapas do Plano, que inclusive pode não depender de recursos federais e ser feito com nossos próprios recursos, uma vez que implica mais em mudanças  de sinalização e de hierarquização das ruas. Nossa linha de ação agora se volta principalmente para a liberação das calçadas para os pedestres e para a busca permanente na redução dos índices de  acidentes em nossa cidade. Não temos uma mobilidade propriamente ruim, apesar de estar longe de ser excelente, contudo, não é como São Paulo, Rio ou Goiânia, cidades com trânsito pesado e difíceis de serem modificados. No entanto, temos tido muita violência no trânsito, e temos que agir para reduzir isso. Essa é a prioridade número um do Plano de Mobilidade Urbana de Porto Velho”, esclareceu.
 
Por Renato Menghi