Marca do Crea-RO para impressão
Disponível em <https://www.crearo.org.br/gerais/institucionais/nanotecnologia-a-nova-revolucao-tecnologica/>.
Acesso em 12/06/2025 às 06h07.

Nanotecnologia: “a nova revolução tecnológica”

24 de novembro de 2012, às 9h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

   O coordenador e pesquisador do curso de Engenharia de Nanotecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Marco Aurélio Pacheco, apresentou, na tarde desta quinta-feira (22/11), palestra sobre o curso de Engenharia da Nanotecnologia. Para uma plateia formada por participantes de todas as idades, Marco exibiu detalhes do curso que tem a única turma da América Latina na PUC-Rio, realizou experiências e exibiu dados da área que acredita ser a próxima revolução tecnológica – após a da eletrônica e a da informática.

   “A nanotecnologia não permite produzir apenas chips, como a grande maioria imagina, eles são apenas um dos primeiros produtos nanotecnológicos criados. Ela pode produzir roupas, calçados, fármacos, energia, combustíveis, e outros tantos e diversos produtos. É uma abrangência enorme, porque mexe diretamente com os materiais”, disse Marco sobre a tecnologia que permite a manipulação da matéria em escala atômica e molecular. “A nanotecnologia não trabalha com átomo a átomo, já existem processos que constituem inúmeros, mas a possibilidade de se enxergar um único átomo ou uma única molécula, é que a tornou possível”.

   Sobre o mercado de trabalho no Brasil, que ainda não possui nenhum formado em Engenharia da Nanotecnologia – a turma da PUC-Rio se forma em meados de 2014 e 2015, Marco citou as diversas áreas de atuação do profissional formado, como construção civil, energia, saúde e meio-ambiente. “Se o profissional resolver atuar na construção civil, por exemplo, ele não vai precisar saber como se constrói um edifício ou acompanhar uma obra, ele vai estudar a produção de novos materiais para essa área, que melhor solucionem desafios de durabilidade, custo, resistência, entre outros”, exemplificou, ao informar o grande número de ofertas para os setores de pesquisa e desenvolvimento de projetos e inovações com a tecnologia. “O que nós precisamos é investir na formação de pessoas que possam levar essa ciência adiante e aplicá-la onde for necessário”.

   Para a realização de alguns experimentos de demonstração da tecnologia, o palestrante convidou uma de suas alunas do curso da PUC-Rio, que, segundo ela, fez a escolha pela “chance de poder manipular átomos e moléculas, podendo inclusive desconsiderar a gravidade, e ainda poder atuar em qualquer área”. Com a ajuda da aluna, Marco mostrou algumas possíveis aplicações da nanotecnologia, como um tecido que impede a propagação de fogo e outro que impede a penetração da água, formando uma superfície hidrofóbica, além de um vidro condutor de energia.

   Ao final da palestra, Marco Aurélio respondeu a perguntas da plateia e perguntou quem havia ficado interessado em cursar Engenharia da Nanotecnologia. Surpreso com a quantidade de respostas positivas, ele distribuiu alguns exemplares de seu primeiro livro da série Business Intelligence, “Sistemas inteligentes de apoio à decisão”, que lança neste semestre, para os interessados. O curso, presente em apenas 83 países do mundo, tem duração de quatro anos e meio na PUC-Rio, e abre nova turma no próximo ano. “Eu não vejo limite para essa área. Acredito que, nos próximos anos, iremos ver nossa maior revolução tecnológica. E não serão muitos. É apenas o começo de uma nova era que vocês verão acontecer”, finalizou o palestrante.