Sindicatos propõem apoio ao Município para agilizar liberação de obras paralisadas

    Presidentes de três sindicatos representantes de empresas da área da construção civil reuniram nesta sexta-feira, 05, com o prefeito Mauro Nazif e os secretários Jorge Elarrat, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Sempla) e Gilson Nazif, da Secretaria Municipal de Obras (Semob) para tratar sobre a retomada das obras que estão paralisadas.

    Representando as empresas participaram o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Porto Velho (Sinduscon/PVH),  Denis Baú; o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Rondônia (Sinduscon/RO), Chagas Neto; o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Rondônia (Sinicon/RO), Alan Gurgel; e o empresário Maurílio Vasconcelos.

    No encontro os empresários propuseram ao prefeito uma parceria para agilizar a liberação das obras que por um motivo ou outro tiveram que ser paralisadas. De acordo com as entidades sindicais, cerca de 50 obras estão suspensas, sendo que só na Secretaria Municipal de Projetos e Obras Especiais (Sempre), responsável pelas obras financiadas pelo Governo Federal, são 16. “O que queremos e apoiar o prefeito no que for preciso, pois entendemos que esse é o momento de ajudarmos o município para que essas obras sejam liberadas o mais rápido possível. E com relação as empresas denunciadas pelo Ministério Público por suposta irregularidade, defendemos a apuração do caso e penalizar a quem de direito, caso as irregularidades sejam comprovadas”, afirmou Chagas neto, do Sinduscon/RO.

Parceria

    Os empresários propuseram ainda a a criação de um domicílio bancário para as empresas, ou seja, criar uma conta exclusiva para o recebimento dos pagamentos. A medida visa evitar que as empresas fiquem sem recursos para tocar as obras. “Com esse domicílio a empresa poderá contrair empréstimo junto a esse banco dando como garantia o dinheiro da obra que será depositada nessa conta exclusiva. Assim a empresa terá como antecipar recursos, já que o banco não corre o risco de perder o dinheiro do empréstimo”, adiantou Denis Baú, do Sinduscon/PVH.

    O secretário Elarrat informou será necessário fazer o inventário de todas as obras que estão paralisadas para discutir o assunto com as empresas e apontou também algumas falhas provocadas pelas próprias empresas. “Um dos problemas verificados é que muitas das vezes  a firma que ganha a licitação não tem lastro financeiro para tocar a obra, aí fica na dependência da liberação do dinheiro da medição. O ideal é que a empresa já tenha esse aporte de recurso para não depender da liberação do recurso”, disse.

    Outro problema apontado por ela é o não cumprimento do que estabelece o projeto original com o emprego de materiais não previstos, sem que antes a prefeitura veja se o material pode ser substituído por outro não previsto no projeto. “Isso acaba acarretando problema porque a empresa passa a cobrar por algo que não estava previsto”, disse o secretário.

Lisura

    O prefeito Mauro Nazif classificou de positiva a iniciativa dos empresários e afirmou na sua gestão que a determinação é trabalhar os contratos com as prestadoras de serviços do município na mais absoluta lisura sem favorecimento a quem quer que seja. Mauro Nazif orientou também os empresários a denunciarem qualquer tentativa de cobrança de propina para a liberação de pagamentos atrasados. “Ninguém está autorizado a exigir qualquer valor indevido. Caso isso ocorra, quero que vocês me comunique o fato que iremos tomar as devidas providências que o caso requer. Se o empresário ganhou a licitação, então é justo que ele receba aquilo que está no contrato. Não concordamos com esse tipo de coisa, principalmente em se tratando de recursos públicos”, enfatizou.